Lição 5 - A responsabilidade de cuidar uns dos outros
- Escola Bíblica
- 29 de abr. de 2018
- 13 min de leitura
TEXTO ÁUREO
“Para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros”. (1 Coríntios 12.25)
VERDADE APLICADA
Como membros do Corpo de Cristo, temos que estar comprometidos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros.
Para que isto aconteça não pode haver o egoísmo:
Egoísmo . Essa enfermidade caracterizam os chamados "amantes de si mesmos". Elas fazem com que as pessoas sejam individualistas e nutram desejos irrefreáveis de alcançar seus interesses pessoais em detrimento do respeito e amor pelo outro.O egoísta é ambicioso e narcisista: adora a si mesmo (2 Tm 3.1-3)
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2008 » 3º Trim)
1 - Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 - porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 - sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,)
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Enfatizar que a Igreja é o Corpo de Cristo;
2 - Ressaltar o dever de cada discípulo de Cristo;
3 - Mostrar a necessidade do cuidado com o próximo.
TEXTO REFERÊNCIA
1 Coríntios 12.12, 14, 25-27
12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
25 Para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.
26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.
27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
INTRODUÇÃO
Todos os membros do Corpo de Cristo têm a responsabilidade de cuidar e servir uns aos outros. Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da igreja local, mas de todos que têm o Espírito Santo.
Jesus pediu ao Pai para que fossemos um, assim como ele era com o Pai. Muitos séculos se passaram, mas a igreja universal (invisível) continua unida aguardando o encontro com Jesus.
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.(Jo 17:20-23).
1. A Igreja como um corpo.
Professor deixo como sugestão didática a apresentação da anatomia humana, pois estaremos utilizando os membros do corpo humano como metáfora neste tópico. Você não precisa ser um profundo conhecedor de anatomia para mencionar a harmonia existente entre os membros do corpo humano e também a interligação ativa entre os sistemas. O ideal é um cartaz,por exemploa imagem abaixo que facilitara o entendimento quando falarmos da igreja como um corpo e a harmonia que também deve existir entre seus membros.
📷
A vida do discípulo de Jesus precisa ser vivida como uma rede ou conexão. Ou seja, há um entrelaçamento entre as diversas recomendações bíblicas, exigindo da nossa parte lógica e coerência (1Jo 1.7). O permanente desafio é vivenciar na prática esta conexão. Um exemplo é a figura da Igreja como um corpo (1Co 12.12; Ef 4.15-16; 5.30). No corpo, os membros estão ligados e distribuídos com lógica e coerência, de acordo com a vontade do Criador (1Co 12.18).
Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. (1 Co 12:19,20)
1.1. A utilização do termo em sentido figurado.
É notória a atração produzida pela forma em que as partes distintas do corpo cooperam. Diversos filósofos e pensadores do passado, como Platão, Filo (filósofo judeu), Josefo (historiador judeu) e teólogos rabínicos, entre outros, usavam o corpo e seus diversos membros de modo figurado para transmitir várias lições e explicar a realidade da vida humana. A ênfase era expressar e enfatizar a ideia de unidade; as diversas funções das partes (no caso os membros) são essenciais ao bem-estar da totalidade (corpo); dependência mútua dos membros; como também o comportamento do ser humano.
Professor este tópico está enfatizando bem o tema da lição: “A responsabilidade de cuidar uns dos outros.”
[...] a saúde do Corpo de Cristo (1 Co 12.26). A Bíblia enfatiza a unidade do Corpo de Cristo, usando como ilustração a perfeita ligação de todos os órgãos do corpo humano (Ef 4.16). O apóstolo refere-se à igreja como um corpo dinâmico que deve estar bem ajustado e harmonizado para crescer sem distorções. [...]. Portanto, cuidar um do outro é também cuidar de si mesmo, pois essa prática promove o equilíbrio espiritual e geral do Corpo de Cristo (1 Co 12.26). ( Lições CPAD Jovens e Adultos » 2007 » 1º Trim)
“...se um membro padece, todos os membros padecem com ele...” (1Co 12.26). É o aspecto da conectividade na vida diária do discípulo de Cristo.
1.2. Igreja – Corpo de Cristo.
São diversos os textos bíblicos que mencionam o corpo como figura da Igreja, identificando-a, metaforicamente, como Corpo de Cristo (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-31; Ef 1.22-23; 2.16; 4.4, 15-16; 5.30; Cl 1.24; 2.19). A utilização de tal figura enfatiza que a Igreja é muito mais do que um ajuntamento de discípulos de Cristo, mas a união imprescindível do povo de Deus co Cristo, como relatado em João, capítulo 15 (videira e ramos). A união com Cristo se dá pelo novo nascimento, quando, através do Espírito Santo, somos imersos no Corpo de Cristo (1Co 12.13).
A partir desta metáfora (Igreja como corpo), a Palavra de Deus destaca outros importantes aspectos da Igreja: diversidade de membros; funcionalidade; cooperação; crescimento; sensibilidade. O Dr. Bruce Milne escreveu: “A relação entre a igreja e Cristo é de fato muito íntima; trata-se de uma espécie de união orgânica, pelo qual nos unimos a Ele completamente, no ser e no agir (Cl 3.4). O fato dEle ser o cabeça implica que toda a nossa vida e nutrição emanam dEle. Nós vivemos dEle, por Ele, através dEle e para Ele (1Co 8.6).(Revista do professor)
1.3. Os discípulos de cristo como membros do corpo.
“Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.” (1Co 12.27). Assim, não tem como estar em Cristo e não estar no Corpo de Cristo, sendo Ele a cabeça e nós os membros do Corpo. Logo, se somos membros do Corpo de cristo, somos diferentes, mas não independentes, pois precisamos uns dos outros. Há unidade, mas não uniformidade. São vários membros, mas um só corpo.
Neste tópico seria interessante abordar a questão do relacionamento interpessoal. Somos membros de um mesmo corpo ,todavia precisamos conviver com as diferenças existente entre os membro e cultivar um relacionamento interpessoal saudável e agradável à Deus.Paulo nos deixou um belo exemplo em Rm 16:
O último capítulo de Romanos, o 16, é uma descrição de uma lista de pessoas que o apóstolo Paulo conhecia, embora ele ainda não tivesse chegado à igreja de Roma: Febe, a portadora da carta do apóstolo (v.1); Priscila e Àquila, casal que cuidou de Paulo em Corinto (v.3); Epêneto, Amplíato e Pérside eram pessoas queridas do apóstolo, onde demonstra um vínculo de comunhão do apóstolo devido a expressão “querido” (vv.5,8,9,12); Maria, uma trabalhadora que por certo fora uma das fundadoras da igreja, pois a expressão “muito trabalhou” evoca essa ideia (v.6); Andrônico e Júnias, segundo os estudiosos do Novo Testamento, eram parentes do apóstolo, bem como judeus (v.7); Amplíato, o “dileto amigo no Senhor” (v.8); Urbano, o cooperador, e Estáquis como “meu amado” (v.9); Apeles, um homem “aprovado em Cristo”, a família de Aristóbulo (v.10); Herodião, de acordo com o nome e o contexto mencionado sugerem que ele pertencia à casa ou à família de Herodes (v.11); Trifena e Trifosa, supõem-se que eram irmãs, e Pérside também era uma mulher (v.12); Rufo, o “eleito do Senhor” e a mãe de Rufo que Paulo a respeitava devido o seu acolhimento (v.13); Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e a todos os irmãos que estão com eles (v.14); Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã, ao irmão Olimpas e todo o povo que está com ele (v.15); por final: “Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo” (v.16).
Note a lista de pessoas que o apóstolo Paulo conhecia sem ainda ter ido à igreja de Roma. Expressões como “queridos no Senhor”, “a igreja que está em sua casa”, “dileto amigo”, “meu amado” mostram o carinho e o relacionamento de ternura que o apóstolo cultivava com as pessoas, mesmo de longe. Imagine a necessidade que temos de cultivar o relacionamento de carinho e ternura com as pessoas que estão pertos: a nossa família, a igreja onde congregamos e pessoas próximas de nós.
(Lições CPAD Jovens e Adultos » Adultos 2016 » 2º Trim)
2. O dever de cada discípulo de Cristo.
É interessante lembrar da pergunta que Deus fez para Caim: “Onde está Abel, teu irmão?”; e da resposta de Caim: “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?”(Gn 4.9). O pecado afetou o relacionamento do homem com Deus e, consequentemente, o relacionamento com o próximo.
2.1. Tendências que diminuem a importância do cuidado mútuo.
São várias as tendências que têm influenciado para diminuir a importância de, como discípulos de Cristo, cuidarmos uns dos outros. Destacamos algumas que ocorrem inclusive entre membros de uma igreja local: 1) Ativismo – o excesso de ocupação contribui para não atentarmos ao próximo, inclusive no âmbito do serviço cristão. Precisamos estar sempre revendo como temos administrado o tempo em relação às recomendações bíblicas quanto ao cuidar do outro; 2) Individualismo – às vezes, esta atitude é potencializada por decepções no passado e feridas ainda não tratadas. Até como instrumento de autopreservação, a pessoa passa a evitar muito contato interpessoal.
Outra tendência que diminui a importância do cuidado mútuo é a ênfase nas conquistas pessoais. A pessoa está tão focada em conseguir, obter e vencer que não atenta para o fato de, como membro do Corpo de Cristo, ter a responsabilidade de cuidar do outro. Mesmo após o novo nascimento, várias vez temos a tendência, como escreveu John Stott, de “proclamar a salvação individual, sem enfatizar a integração na comunidade dos salvos”.(Revista do professor)
Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
(Gl 6:2)
Irmandade e companheirismo. Na saudação seguinte, sentimos o peso que tinha a comunidade cristã para Paulo e o valor do seu companheirismo (Rm 16.7,8). A igreja é o Corpo de Cristo. Ela é uma grande família. Conscientizemo-nos da importância que tem a fraternidade cristã para a saúde da igreja. Infelizmente a nossa espiritualidade segue mais um modelo de condomínio, onde ninguém conhece ninguém, do que de uma casa de família, onde todos se conhecem e se relacionam. (Lições CPAD Jovens e Adultos » Adultos 2016 » 2º Trim)
2.2. Capacitados pelo Espírito Santo.
A ação do Espírito Santo na vida do discípulo de cristo não se restringe a conceder poder para proclamar o Evangelho (At 1.8). Também atua produzindo fruto na vida do nascido de novo (Gl 5.22). O Espírito opera, também na formação do Corpo de Cristo (1Co 12.13). Assim, estar no Espírito resulta na comunhão com os outros membros da igreja. O Espírito opera incorporando e capacitando cada membro com dons, visando o bem do Corpo (1Co 12.7), para que todos sejam beneficiados.
Notemos a expressão “dada a cada um”, que também é encontrada em 1 Pedro 4.10-11 – “cada um”.Indicando que cada membro do Corpo de Cristo é capacitado para atuar na edificação da Igreja: “tendo cuidado uns dos outros”. Como comentou o Dr. Goodman, sobre lições extraídas de 1 Coríntios 12.15-26: “Nenhuma desculpa, mas responsabilidade para com todos; nenhuma independência, mas mutualidade; nenhum egoísmo, mas simpatia”.(Revista do professor)
“Paulo usou o exemplo do corpo humano para ensinar como os cristãos devem viver e trabalhar juntos. Assim como os membros do corpo funcionam sob o comando do cérebro, também os cristãos devem trabalhar juntos sob o comando e a autoridade de Jesus Cristo.
Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar a sua igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: (1) entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; (2) entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; (3) saber quem somos e o que fazemos melhor; (4) dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; (5) estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.
Os dons de Deus diferem quanto à sua natureza, poder e eficiência, de acordo com sua sabedoria e bondade, não conforme a nossa fé (12.6). Deus deseja conceder-nos o poder espiritual necessário para desempenharmos cada uma de nossas responsabilidades. Mas não podemos obter mais habilidades e dons mediante nosso esforço e nossa determinação para nos tornarmos servos ou mestres mais eficientes. Deus concede os dons à sua igreja, distribui a fé e o seu poder conforme a sua vontade. Nossa tarefa é sermos fiéis e procurarmos formas de servir aos outros com aquilo que Cristo nos dá” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1572).
2.3. Todos necessitam de cuidados.
É a constatação que encontramos no texto de 1 Coríntios 12.21. A igreja de Corinto, apesar de possuir todos os dons (1Co 1.7), estava sofrendo com dissensões (1Co 1.10), contendas (1Co 1.11) e carnalidade (1Co 3.1-3). Assim, parece que havia membros que estavam se sentido como se não fossem necessários na igreja local (1Co 12.15-16). Contudo, não existe membro do Corpo de Cristo tão carente que esteja isento da responsabilidade de cuidar de outros, como não existe um membro tão completo que não necessite de cuidados: “Para que não haja divisão no corpo” (1Co 12.25).
Ainda que um discípulo de Cristo desempenhe bem sua função, mesmo assim, ele necessita dos serviços de outro membro, tendo em vista as diferentes funções: a mão necessita do pé e vice-versa. Precisamos ser interdependentes, não independentes. Tal consciência é um antídoto para que não haja divisões na igreja ( 1Co 1.10). Cada membro deve fazer todo o esforço para manter a unidade na igreja (Ef 4.3). Comentando sobre o texto de Gálatas 5.13, Donald Guthrie afirmou: “O amor verdadeiro deve ser mútuo e não pode colocar seus próprios interesses em primeiro lugar. A ideia do serviço cheio de amor como característica da liberdade em Cristo jamais esteve totalmente ausente da Igreja Cristã, mas em muitos períodos da sua história a evidência nesse sentido tem sido fraca. Este princípio é uma lição tão válida para nossa própria era quanto o foi para o primeiro século”. (Revista do professor)
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.( 1 Co 13:1,2,13)
3. Atentando às exortações bíblicas.
São inúmeras as exortações bíblicas em relação às atitudes dos discípulos de Jesus Cristo uns para com os outros (Rm 12.10; 15.7; 1Co 12.25; Gl 5.13; Fp 2.3-4; Cl 3.13; Hb 10.24-25; 1Jo 4.7). Portanto, temos ordens divinas e capacitação do Espírito Santo. Não há justificativas para não cumprirmos nossa responsabilidade de cuidarmos uns dos outros.
Destaque que a presença do Espírito Santo é imprescindível na ação do discípulo quanto ao cuidado com o próximo e aos domésticos da fé.
Na igreja primitiva para ser obreiro um dos requisitos era ser cheio do Espírito Santo, certamente não era por acaso. Atualmente este detalhe não tem sido observado na consagração de muitos obreiros e o resultado tem sido notório.
Irmãos escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa.(At 6:3).
3.1. Servir uns aos outros.
O apóstolo Paulo exortou quanto a necessidade de a Igreja agir para não dar lugar às lutas e discordâncias entre os membros da igreja (Gl 5.15, 26). O amor é apresentado como argumento (Gl 5.13-14). Amor que é produzido pelo Espírito Santo na vida do nascido de novo (Gl 5.22). Interessante que o apóstolo está expondo acerca da liberdade, porém enfatiza: liberdade, não para pecar, mas servimos uns aos outros pelo amor (Gl 5.13). Ou seja, ou somos servos da natureza pecaminosa ou somos servos de Cristo (servidão caracterizada, também, por servir ao outro).
Em Gálatas 5.15, o apóstolo Paulo usa uma expressão forte: “consumais”, que tem o significado de destruir uns aos outros. O próprio Senhor Jesus Cristo disse que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.28). É evidente que não é fácil. Como vamos conseguir? “Andai em Espírito” (Gl 5.16). Precisamos deixar que o Espírito Santo dirija e controle a nossa vida. Precisamos separar um tempo, diariamente, para o cuidado com a vida espiritual e, assim, buscar em Deus a capacitação necessária para cumprirmos a nossa responsabilidade.(Revista do professor
A igreja deve socorrer os necessitados obedecendo a três princípios que norteiam o serviço social. A Igreja não apenas prega o Evangelho. Ela deve atender os seus necessitados em termos físicos e materiais (Gl 2.9,10). Três princípios são fundamentais neste exercício: a) Mutualidade: Este princípio se manifesta em generosidade, reciprocidade e solidariedade (At 2.44,45); b) Responsabilidade: Com a obra de Deus e com seus irmãos necessitados (2 Co 8.4; 9.7); c) Proporcionalidade: Nesta perspectiva, o cristão contribui de acordo com as suas possibilidades (2 Co 8.12). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2010 » 1º Trime)
3.2. Resultado de transformação.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos registra que a pessoa que vivenciou a bondade e a misericórdia de Deus, expressará ter consciência e gratidão por essas bênçãos por meio de uma completa consagração a Deus, resultante em sua atuação, inicialmente, no Corpo de Cristo (Rm 12.4-5). Posteriormente ele registra a vida de serviço alcançando, também, a sociedade (Rm 12.9-21; 13). Não mais uma vida egoísta, isolada e egocêntrica, mas voltada para o próximo. Serviço prestado com dedicação, liberalidade, cuidado, alegria, amor, fervor perseverança e humildade, como encontramos nas recomendações paulinas no capítulo 12 de Romanos.
F.F. Bruce, comentando este capítulo da epístola aos Romanos, escreveu: “Em vista de tudo quanto Deus fez por Seu povo em Cristo, como Seu povo deve viver? Deve apresentar-se a Deus como ‘sacrifício vivo’, consagrado a Ele”. Não se trata de uma iniciativa do homem natural, masresultado da ação transformadora do Espírito Santo, para que Deus seja glorificado (Rm 11.36).(Revista do professor).
Normalmente as pessoas que fazem algo para a obra que resulta da ação transformadora do Espírito Santo têm a seguinte visão:
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.(Rm 11:36)
3.3. Serviço como consequência de comunhão com Deus.
O cuidado com o próximo precisa estar conectado com os princípios bíblicos que norteiam a vida do discípulo de Cristo. Não pode ser confundido com a disposição e consciência que uma pessoa não nascida de novo possui quanto à atenção ao outro. As mesmas recomendações dadas aos anciãos da igreja em Éfeso e a Timóteo são válidas a todo membro do Corpo de Cristo: “Olhai, pois, por vós” (At 20.28) e “Tem cuidado de ti mesmo” (1Tm 4.16). É possível que um membro da igreja se volte tanto para ajudar o outro e não atente para a necessidade de manter a vigilância, cuidado com a própria vida espiritual e buscar constante direção do Espírito Santo.
É preciso lembrar que somos instrumentos de Deus. Ou seja, jamais vamos amar mais do que Deus ama e socorrer mais do que Deus. Lembremos que cuidamos do outro quando, também, intercedemos por ele. Um exemplo é Abraão intercedendo por seu sobrinho Ló (Gn 18.23-33). O próprio Senhor disse que para ser Seu discípulo é preciso amá-Lo mais do que a pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs (Lc 14.26). Ou seja, meu amor a Deus e a Seu Filho deve se expressar pelo amor e cuidado para com minha família e em cumprir minhas responsabilidades. Contudo, preciso sempre lembrar que o meu amor a Deus deve estar acima do meu amor ao próximo e até mesmo da própria vida.
O tópico está bem esclarecido pelo nosso comentarista, mas seria interessante comentar que:
Para quem é casado é fundamental a observância quanto às prioridades:
1-Deus(Mt 22.37)
3-Cuidar de nós mesmos (At 20.28)
2-Família (1Tm 5.8)
4-Trabalhos da Igreja,cuidado com o próximo (Mt 22.38)
CONCLUSÃO As diferenças não afetam o fato de que há uma unidade, mesmo na diversidade, pois unidade não significa uniformidade. Para tanto, o Senhor distribui dons aos membros, visando o bem de todos. Nenhum membro é inútil, mas todos são necessários para “o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.16).

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