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Lição 4 - Disciplina e o Processo Educacional de Deus

  • Foto do escritor: Escola Bíblica
    Escola Bíblica
  • 29 de abr. de 2018
  • 13 min de leitura


TEXTO ÁUREO “Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho” (Hebreus  12.6)

Para firmar nossa filiação em Cristo (Hb 12.5-11). Segundo o escritor aos Hebreus, a exortação, correção e repreensão do "Maravilhoso Conselheiro" (Is 9.6) são um forte e eficaz testemunho de que somos “filhos de Deus” (vv.5,6). Pois, “que filho há a quem o pai não corrija?” (v.7). Somos corrigidos pelo Senhor para sermos “participantes de sua santidade” (v.10). Lembremos: o “Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho” (v.6).(Lições CPAD Jovens e Adultos »  2007 » 1º Trim) Quem ama seus filhos em maior intensidade ?

O pai que permite que os filhos façam algo que os prejudicarão, ou aquele que corrige, treina e até mesmo pune os filhos a fim de ajudá-los a aprender o que é certo ?

Ser corrigido e disciplinado por Deus nunca é agradável, mas sua disciplina é um sinal de seu profundo amor por nós.

Quando Deus lhe corrigir, enxergue a correção como uma prova de seu amor, e procure entender o que Ele está tentando lhe ensinar. (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - Pág.1804)

VERDADE APLICADA       

A disciplina faz parte do processo de aperfeiçoamento do discípulo de Cristo, enquanto estiver na terra.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1 - Explicar o que é disciplina à luz da Bíblia; 2 - Mostrar a autoridade bíblica para a aplicação de disciplina por parte da igreja; 3 - Ensinar que a vida do povo de Deus é uma vida que envolve disciplina TEXTO REFERÊNCIAHebreus 12.7,8,10,11 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque , que filho há a quem o pai não corrija?8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. 

INTRODUÇÃO

A disciplina faz parte do processo de crescimento, amadurecimento e aperfeiçoamento do discípulo de Cristo. Trata-se de uma ação com propósitos bem definidos (Hb 12.10). É feliz aquele que se submete à disciplina do Senhor.

1. Disciplina - O que é isto?

 Apesar de ser bíblico, disciplina é um dos assuntos pouco enfatizados nos dias de hoje. A questão é que, quando o púlpito da igreja silencia, muitos começam a agir de acordo com seus próprios pensamentos e como melhor convém a cada um. Então, surgem diversos equívocos, como: 'Só presto contas a Deus"; "Sou assim mesmo'; "Deus conhece minhas fraquezas" ou "Conheço pessoas vivendo em pecado", entre outros. Assim, nesta lição, refletiremos esse tema a partir da Bíblia, a revelação de Deus para nós e a autoridade fundamental sobre a qual a Igreja deve moldar sua fé (Is 8.20). Segundo o Pr. Eli Martins de Souza não podemos confundir disciplina com doutrina bíblica, muito menos com usos e costumes. A disciplina está relacionada à ética (sistema de princípios morais, regras e padrões de conduta) e a moral (princípio de certo e errado), e deriva, para a Igreja, da doutrina. Por disciplina, podemos definir como “um conjunto de instruções destinado a manter a boa ordem”. Para os cristãos, estas instruções são os preceitos divinos (Sl 19.8) que nos fazem andar no caminho da justiça e da verdade.“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

1.1. Disciplina e a sua necessidade.

Inicialmente, é interessante refletir no texto de Hebreus 12.5-11. O escritor no capítulo 11 apresenta diversos exemplos de pessoas que, firmadas na fé, perseveraram, mesmo sendo provadas, sofrendo, perseguidas, e até perdendo á vida. Assim, também, nós somos chamados para perseverarmos na jornada cristã, mantendo nosso foco em Jesus Cristo e removendo qualquer coisa que nos impeça ou atrapalhe na continuidade da caminhada como discípulos de Cristo. A expressão “deixemos” (Hb 12.1) indica um aspecto da vida disciplinada do discípulo do Senhor: a autodisciplina.“‘A carreira que nos está proposta’. Esta corrida é o teste neste mundo, que dura a vida inteira (10.23,38; 12.25; 13.13).(1) A corrida deve ser efetuada com ‘paciência’ (gr. hupomone), ou seja, com perseverança e constância (cf. 10.36; Fp 3.12-14). O caminho da vitória é o mesmo que o dos santos no capítulo 11 - esforçando-se para chegar até ao fim (cf. 6.11,12; 12.1-4; Lc 21.19; 1 Co 9.24,25; Fp 3.11-14; Ap 3.21).(2) Na corrida, devemos deixar de lado os pecados que nos atrapalham ou que nos fazem ficar para trás (v.1) e fixarmos os olhos, nossas vidas e nossos corações em Jesus e no exemplo que Ele nos legou na terra, de obediência perseverante (vv.1-4).(3) Na corrida, devemos estar conscientes de que o maior perigo que nos confronta é a tentação de ceder ao pecado (vv.1,4), de voltar àquela pátria de onde haviam saído (11.15; Tg 1.12), e de nos tornar, de novo, cidadãos do mundo (Mc 11.13; Tg 4.4; 1 Jo 2.15; ver Hb 11.10)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág.1918). “Portanto, tal como a Cristo, há uma carreira proposta ao povo de Deus, um alvo as ser alcançado, um caminho a ser percorrido. Jesus Cristo é o príncipe, o Líder e o Aperfeiçoador da fé. AquEle que não se embaraçou com as coisas materiais desta vida, pois contemplava a eternidade, sabendo discernir o valor das coisas que não se viam. Tal deve ser a nossa paciência. A luta de Cristo foi até a morte, e Ele a venceu. Animados por seu exemplo, podemos fazer o mesmo” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, p.167).

1.2. Disciplina e os diferentes termos.

Somente no texto de Hebreus 12.5-11 encontramos dez vezes diversos termos correlatos: correção, repreensão, disciplina. A palavra grega é “paideuõ”, admitindo vários sentidos: “treinar crianças”; “ensinando”; “castigando”; “disciplina”; “correção”; “educar para a vida”. Assim, o entendimento da disciplina, a partir dos diversos sentidos admitidos na Bíblia, nos ajuda a corrigirmos pensamentos equivocados e ideias que possam causar resistência a este instrumento utilizado no processo de aperfeiçoamento dos membros do corpo de Cristo.Segundo Russel Shedd: “A disciplina, como os vocábulos cognatos ‘discípulo’ e ‘fazer discípulos’, tem sua ideia original, como a raiz no grego indica, na prática da antiguidade de um aluno seguir um mestre ou pensador. Neste círculo de ideias, a disciplina dá a impressão de formar uma pessoa em conformidade com o caráter e mente do mestre”. (Revista do professor) [...] a definição correta, segundo o Dicionário Aurélio, é fazer obedecer ou ceder; sujeitar e corrigir’. A palavra disciplinar vem do latim discipulus, de onde também provém a tão conhecida palavra discípulo. [...] (HUDSON, K. Criando os Filhos no Caminho de Deus: Um guia bíblico para pais cristãos. 1.ed., RJ: CPAD, 1997. pp.265,267). Professor enfatize o que bem nos ensina o comentarista:” disciplina é um instrumento utilizado no processo de aperfeiçoamento dos membros do corpo de Cristo”.Detalhes no próximo tópico(1.3)

1.3. Disciplina e a santidade de Deus.“Para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10). Este texto indica o propósito de Deus ao aplicar a correção em Seus filhos. Precisamos de correção, repreensão e disciplina, pois fomos chamados por Deus para sermos santos, contudo ainda estamos propensos às práticas do “velho homem”. Assim, por intermédio da correção e instrução, o processo educacional de Deus vai sendo aplicado em nós (2Tm 3.16; Hb 12.11).É nítido em toda a Bíblia a insistência divina quanto a santidade (Êx 19.6; Lv 19.2; 1Ts 4.3, 7; Hb 12.14; 1Pe 1.15; 2.9). A palavra “igreja”, do grego “ekklesia”, indica “um chamado para fora”, ou seja, um povo separado para Deus. A disciplina visa os membros da Igreja, os filhos de Deus, chamados e separados do mundo para ser o povo de Deus. Portanto, a aplicação da disciplina é feita aos que já pertencem à família de Deus (Hb 12.7; 1Co 5.12-13). A Bíblia diz que o ímpio aborrece a correção (Sl 50.17), pois não deseja interferência em seu modo de viver descompromissado com a vontade de Deus, mas o que é filho não despreza (Pv 3.11).(Revista do professor) 2. A Igreja e a disciplina.

É bíblica a aplicação de disciplina por parte da Igreja?Muitos associam o uso da disciplina pela Igreja com ausência de amor e misericórdia. Há os que acreditam que somente Deus ou o próprio membro do Corpo de Cristo aplica a disciplina a si. Assim, vemos que há necessidade de instrução bíblica também sobre isso, pois, caso contrário, a história se repetirá (ou será que já está se repetindo em alguns lugares? "porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Jz 21.25). A reflexão desse tema passa por entendermos a doutrina bíblica referente à Igreja. JuÍzes 21:25"Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos". Durante o período dos juízes, o povo de Israel vivenciou problemas porque os israelitas se tornaram sua própria autoridade e agiram de acordo com suas opiniões individuais em relação ao que é certo e errado. Isto produziu resultados horrendos. Nosso mundo atual é similar. Indivíduos, grupos e sociedades têm feito de si mesmas as autoridades finais, sem qualquer referência a Deus. Quando as pessoas satisfazem seus desejos pessoais de maneira egoísta e a qualquer custo, todos pagam o preço.(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - Pág.420)

2.1. Igreja - origem e natureza.

Na Teologia Sistemática a doutrina da Igreja é chamada de Eclesiologia, referente à palavra grega usada no Novo Testamento. Contudo, este termo já era usado para se referir a um ajuntamento de pessoas, como em Atos 19.32. Sendo assim, não basta entender Igreja como um grupo, um povo ou um ajuntamento, pois Igreja não é clube ou associação para irmos algumas vezes, aproveitando o tempo livre. Quando Jesus fala: “edificarei a minha igreja” (Mt 16.18), fica claro que o verdadeiro significado de Igreja não está no ajuntamento mas em Cristo, que é o fundador e o fundamento (1Co 3.11), a cabeça (Ef 1.22). A Igreja é de Deus (At 20.28; 1Pe 2.9-10).Encontramos na Palavra de Deus diversas figuras que descrevem a Igreja do Senhor no Novo Testamento (corpo, edifício, noiva, entre outros), bem como as ordenanças (batismo em águas e Ceia do Senhor), missão e organização, além de outros aspectos. Assim sendo a Igreja é ao mesmo tempo um organismo e uma organização (este último é o aspecto visível, são as igrejas locais: Atos 11.22; 13.1; Gálatas 1.22; 1 Coríntios 16.19). É bíblico o fato de Deus escolher, vocacionar e capacitar homens e mulheres para conduzirem a igreja aqui na terra (Ef 4.11-16; 1Tm 3.1-13; Tt 1.5-11).(Revista do professor)E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;(Ef. 4:11,12)

2.2. A Igreja e o uso da disiplinar.

Foi o próprio Jesus Cristo quem primeiro tratou sobre a igreja lidar com a aplicação da disciplina (Mt 18.15-19). Há casos de membros da igreja que são disciplinados diretamente por Deus (1Co 11.30-32). Porém, também é bíblica a autoridade da igreja para aplicar disciplina (Mt 18.15-19; Rm 16.17-18; 1Co 5; Gl 6.1; 2Ts 3.14-15; 1Tm 5.20; Tt 1.10-11). Infelizmente, vivemos num tempo de muito individualismo e insubordinação. Além disso, em muitas igrejas locais não se exerce mais a autoridade concedida por Deus para aplicar a disciplina.Evidentemente, devemos, como Igreja, agir tendo em mente os princípios bíblicos que norteiam o uso da disciplina, evitando assim, tanto a negligência como o abuso. Sobre isso, assim escreveu Russel Shedd: “Não disciplinar os errados significa correr o risco de cair na posição de confundir a igreja com o mundo e vice-versa. Mas a disciplina rigorosa incorre num perigo igualmente sério de cisma, dividindo irmãos e destruindo o ‘santuário de Deus’”. (Revista do professor)Professor seria interessante você sintetizar o acontecimento da igreja de Corinto que menciono abaixo, para ensinar que pecados na igreja não devem ser tolerados e quando necessário à disciplina deve ser aplicada conforme a orientação bíblica e direção do Espírito Santo.O transgressor precisa ser confrontado (vv.1-5). O pecado era abominável e grosseiro. Um dos crentes de Corinto vivia um relacionamento incestuoso com a mulher do pai. A igreja era cúmplice do pecado, porquanto o tolerava. "Um pouco de fermento faz levedar toda a massa" (v.6). Até que Jesus volte, a igreja local é composta de salvos que ainda pecam (1 Jo 1.6-10). Quando Jesus voltar não haverá mais mancha, nem ruga (Ef 5.27).A igreja de Corinto, bem como toda igreja da atualidade deve, pelo Espírito Santo, ter consciência de que Deus é santíssimo ("Santo, Santo, Santo é o Senhor", Is 6.3), e quem vive na prática do pecado, não pode ter comunhão com Ele.Paulo não estava fisicamente em Corinto (v.3), mas em pensamento e em palavra. Na autoridade do Senhor Jesus e no poder do Espírito Santo, ele juntamente com a igreja determinou a disciplina do transgressor: aquele homem deveria ser entregue a Satanás (vv.3-5; ver Hebreus 12.5-8). No caso de Jó (1.12; 2.6), sua vida foi por Deus requerida, mas no caso em apreço, não (v.5). Ver 1 Co 11.30; 1 Tm 1.19,20; 1 Jo 5.16,17.Nos vv.5,13, a mulher pecadora não aparece na disciplina corretiva; certamente ela não era crente.A espiritualidade do crente não está no fato de possuir um elevado conhecimento doutrinário, ou ser portador de dons espirituais, mas na resolução permanente de evitar o erro, o mal, o pecado. Isto é, primar pela santidade. O caso desse cristão de Corinto mostra-nos que um crente de consciência cauterizada procede pior quanto ao pecado do que o incrédulo (1 Tm 4.2; Ef 4.19). Ler também Rm 1.28; Lc 11.26; 2 Pe 2.22[...]A ação pastoral e eclesiástica sobre o pecado. O caso disciplinar de Corinto era estarrecedor, de modo que mesmo à distância, Paulo delibera e aplica a disciplina juntamente com a igreja para por fim ao escândalo (vv.4,13). A igreja local, tendo à frente seu líder tem o dever de preservar a disciplina preventiva e a corretiva entre os seus membros.( Lições CPAD Jovens e Adultos » 2009 » 2º Trim) 2.3. Os cuidados e objetivos na aplicação da disciplina.

Tendo a consciência de que encontramos na Bíblia instruções para orientar a igreja em questões fundamentais de disciplina, é importante, também, conhecermos os cuidados e os objetivos na aplicação da mesma. O Senhor Jesus usou uma expressão muito interessante ao instruir sobre como lidar com o pecado de um irmão, que retrata bem o objetivo da disciplina:“ganhaste a teu irmão” (Mt 18.15).Professor destaque que a aplicação da disciplina deve ter objetivo, citamos no tópico anterior um caso gravíssimo ocorrido na igreja de Corinto e a disciplina foi na mesma medida, todavia na maioria dos casos a disciplina visa à restauração, correção, reintegração do irmão disciplinado, conforme belíssima explicação do nosso comentarista:Paulo escrevendo a Timóteo declara o objetivo do corretivo aplicado a dois homens: “para que aprendam” (1Tm 1.20). A Igreja, ao tratar uma pessoa surpeendida em alguma ofensa, deve agir: “encaminhai o tal” (Gl 6.1). Esta palavra no original grego, usada em sentido figurado, tem o significado de “restaurar, endireitar”. Tratar o faltoso, admoestando-o (2Ts 3.15), ou seja, “advertir ou reprovar gentilmente”. É preciso também, atentarmos para alguns cuidados quando os membros da igreja estiverem envolvidos na aplicação da disciplina: 1) Agir com humildade e atenção consigo mesmo para não sermos tentados (Gl 6.1); 2) Amor, mansidão e capacitação para ensinar (2Tm 2.24-26); 3) Tendo em mente que se trata não de um inimigo, mas um irmão (2Ts 3.15). (Revista do professor)Por muitos anos a palavra disciplina erroneamente foi sinônima de separação de Deus e da comunhão com a igreja, era comum dizer que alguém estava disciplinado e o mesmo não era considerado nem mesmo pelos irmãos que faziam parte da mesma igreja local. Que triste,muitos irmãos se sentiam rejeitados ao ponto de nunca mais voltarem à casa do Pai.Que o Senhor nos ajude e nos ensine a amar nossos irmãos independente das circunstancias...Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão (2 Ts 3:15).

3. É preciso lidar com a disciplina.

O povo de Deus, representado no Antigo Testamento por Israel e no Novo Testamento pela Igreja, por toda a Bíblia é alvo de atitudes de disciplina por parte de Deus, da própria pessoa e da comunidade. Assim, aprendemos que a vida do povo de Deus é uma vida que envolve disciplina, pois "Deus não é Deus de confusão" e se requer que tudo seja feito com ordem e decência (1Co 14.33,40).

3.1. A autodisciplina.

Durante muito tempo a maior ocupação da medicina foi a identificação e a cura das doenças. Hoje é notória a ênfase na prevenção principalmente com a adoção de hábitos de vida saudáveis. O mesmo princípio se aplica ao cuidado com a vida do discípulo de Cristo, que envolve não apenas o corpo, mas, também, o aspecto espiritual. São diversas as admoestações da Palavra de Deus quanto ao cuidado conosco mesmo (At 20.28; 1Co 9.24-27; 2Co 13.5; Ef 6.11, 13; 1Tm 4.16; Jd 20.21).Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.(Atos 20:28)Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.(Judas 1:20,21)A autodisciplina consiste na consciência (iluminada e despertada pela Palavra de Deus) e em atitudes. Não basta identificar os erros, é necessário agir para corrigir e prevenir. É um verdadeiro exercício espiritual (1Tm 4.7-8). Leitura bíblica e oração diárias, frequência à Escola Bíblica Dominical e aos cultos de ensino, participação na Ceia do Senhor, envolvimento nas atividades da igreja local, constante vigilância, prática do jejum com propósitos específicos, renúncia, são alguns dos exemplos de ações de autodisciplina, que compõem o processo de prevenção. (Revista do professor) 3.2. Sendo disciplinado.

Normalmente, quando não priorizamos a autodisciplina, acarretando, assim, descuido conosco mesmo, se faz necessário sermos alvos de disciplina, seja diretamente da parte de Deus ou por intermédio da igreja. Daí a importância de conhecermos este assunto bíblico, seu significado e propósitos, para que saibamos lidar com maturidade e, assim, prosseguirmos até que cheguemos “à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).Como membros do Corpo de Cristo, devemos nos submeter às autoridades da igreja do Senhor, enquanto permanecerem fiéis às Sagradas Escrituras. Conforme encontramos na Palavra, o Senhor usa pessoas na igreja como instrumentos para que sejamos tratados, visando o nosso aperfeiçoamento (Ef 4.11-16). Então, devemos buscar no Senhor humildade para nos submetermos àqueles que têm sido constituídos por Deus. Assim escreveu Calvino: “Se o açoite de Deus testifica de seu amor para conosco, é uma vergonha que o reputemos com desprazer ou ódio. Pois aqueles que não toleram ser castigados por Deus, para sua própria salvação, sim, que rejeitam a prova de sua bondade paternal, sem dúvidas são extremamente ingratos”. 3.3. A questão da tolerância.

Na mensagem enviada à igreja em Tiatira, um grande centro comercial na Ásia Menor, Jesus menciona: obras, amor, serviço, fé, paciência e crescimento (Ap 2.18-29). Contudo, havia um porém: “toleras Jezabel”. Uma expressão que indica “aceitar sem reagir”. Havia a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem da sã doutrina. Não estavam exercendo a disciplina. Uma das lições que podemos extrair dessa mensagem é que amar não significa aceitar tudo. O amor não pode ser usado como escudo para esconder o mal e permitir o pecado.O fermento do erro (1Co5.6). O silêncio da igreja nesses casos, deixa claro a sua omissão, além de abrir o caminho para que o pecado se alastre. Atualmente é grande o número de igrejas que se gabam de serem "abertas" e "livres". Por isso lhes é fácil reunir muita gente. Seus dirigentes não observam que não é somente a porta de entrada da salvação que é "estreita"; o caminho a ser percorrido, após a porta, é "apertado" (Mt 7.14). Isso tem a ver com renúncia em nosso seguir a Cristo (Lc 14.33).( Lições CPAD Jovens e Adultos » 2009 » 2º Trim) CONCLUSÃO

Disciplina faz parte do tratamento de Deus para com aquele que Ele ama e adotou como Seu filho. Não rejeitemos, pois, nem a autodisciplina, nem a disciplina de Deus, seja diretamente ou por intermédio da igreja. É para o nosso bem e aperfeiçoamento (Pv 12.1).






 
 
 

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