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Lição 09 – O SERVO REVELA O PAI E O PERFEITO PLANO DIVINO

  • Foto do escritor: Escola Bíblica
    Escola Bíblica
  • 20 de fev. de 2023
  • 10 min de leitura

O SERVO REVELA O PAI E O PERFEITO PLANO DIVINO


Lição 09 – 26 de Fevereiro de 2023


TEXTO ÁUREO


“E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo” (Mc 8.29).


VERDADE APLICADA


Os que estão em Cristo desfrutam de um relacionamento intimo com Deus e do conhecimento de Seu plano e propósito.


OBJETIVOS DA LIÇÃO


Mostrar a importância de conhecer sobre Jesus;


Falar sobre o plano de Deus revelado por meio de Jesus;


Explicar que Jesus Cristo é o mistério revelado.


TEXTO DE REFERÊNCIA

Mc 8.27 - E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?

Mc 8.28 - E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.

Mc 8.29 - E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.

Mc 8.30 - E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO

Quando Adão e Eva comeram o fruto proibido, assinaram sua sentença de morte (Gn 3.1-3). A Bíblia declara que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Adão e Eva pecaram e infelizmente a morte veio como uma consequência do pecado. “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). Mas, Deus estava disposto a salvar o homem, nem que para isto Ele próprio tivesse que nascer, viver e morrer como homem para que pudesse resgatá-lo. E assim o fez. Estabeleceu um plano para nos salvar da morte eterna. Plano mediante o qual seu Filho daria a vida em lugar do pecador. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16).


1. A IMPORTÂNCIA DE CONHECER SOBRE JESUS


Existem velhas perguntas que exigem respostas novas. Uma delas é que Jesus faz: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc 8.27). A pergunta não é feita diretamente aos homens, mas aos seus discípulos. Ele queria saber se seus discípulos estavam cientes do que pensavam os outros a respeito do Servo. Jesus sabia que o momento crucial em sua vida estava se aproximando e era hora de revelar verdades que iriam preparar a vida de seus seguidores.



1.1. A verdade que precisa ser conhecida por todos

Antes que revelasse o plano da salvação pela cruz, Jesus chama os seus discípulos e pergunta: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Jesus queria se certificar o que eles pensavam a respeito de sua pessoa. Vivemos dias em que precisamos, mas do que nunca, firmar nossa convicção de quem, seja Jesus. A pessoa de Jesus corre o risco de ficar obscurecida pelas doutrinas dos mais diversos grupos religiosos. Além de sua pessoa ficar multifacetada, a confusão na mente das pessoas que precisam se converter é também grande, pois em vez de ficarem frente a frente com o Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único capaz de salvá-los, ficam diante de uma figura tosca, pintada pela liturgia de um Jesus ineficaz e de muitos credos. O Jesus que todos devemos conhecer é aquele que a Bíblia apresenta.


1.2. A verdade que é conhecida mediante a fé


O paganismo com todos os seus ídolos, relacionados na maioria com seres e fenômenos da natureza, são resultados da incapacidade de os homens conhecerem a verdade. Precisamos ter uma correta compreensão da verdade. A compreensão da verdade leva inevitavelmente à compreensão da pessoa de Jesus e sua obra. A pessoa e a obra de Jesus, por sua vez, deve ser entendida mediante a fé e no ensino do próprio Jesus e da Bíblia Sagrada. Jesus veio primariamente revelar Deus ao homem e trazer este à plena comunhão com Deus. Ele não veio para promover espetáculos de curas, milagres e exorcismos. Estes feitos foram realizados para mostrar que o reino de Deus viria, com poder, instaurar-se na história humana, e daquele momento em diante, já estava posto um julgamento diante dos homens. Dependendo da decisão, ou a vida eterna ou a condenação eterna.


1.3. É preciso conhecer e crescer no conhecimento sobre Jesus


É muito importante para o Cristão conhecer o Plano da Salvação para firmar sua fé em Cristo bem como poder explicar para outros sobre o propósito de Deus em suas vidas. Com esse conhecimento, você poderá tomar as decisões importantes com base em verdades eternas, em vez de fazê-lo baseando-se nas circunstâncias instáveis da vida. Por causa desse plano, podemos ser aperfeiçoados por meio da Expiação, receber a plenitude da alegria e viver para sempre na presença de Deus.


2. O PLANO DE DEUS REVELADO POR INTERMÉDIO DE SEU SERVO


O plano de Deus é o Seu propósito com relação a tudo o que existe e acontece, inclusive, fazer com que os seus filhos possam conhecer que Jesus Cristo é o enviado de Deus para salvar o homem de seus pecados. O ensino geral da Bíblia afirma que Deus tem um plano e que Ele atua na condução de todas as coisas para que esse plano seja cumprido. Como parte desse plano, Jesus Cristo veio à terra para nos redimir e nos mostrar o caminho. O propósito é levar a efeito a imortalidade e a vida eterna do homem. Isto inclui a criação, a queda e a expiação dada por Deus. Esse plano torna possível que toda a humanidade seja exaltada e viva para sempre com Deus. Jesus, então, é a causa da eterna salvação (He 5.8-9). Nenhum outro nome há debaixo do céu pelo qual o homem possa ser salvo (At 4.12). Assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo (1 Co 15.22).


2.1. O Servo revela o Pai e Sua vontade


Os homens, através do orgulho e da arrogância de seus corações, desprezam o plano e os conselhos de Deus, no entanto, nós os fiéis, reconhecemos em Cristo e na sua Palavra os segredos dos céus revelados. Nossa maior felicidade é conhecer os conselhos e determinações de Deus sobre a raça humana e entender o plano da redenção. Isso, embora tenha sido revelado a todos, através de Cristo, ainda pode ser chamado de segredo, por causa dos muitos e profundos mistérios nele, e porque se diz ainda estar “oculto” de muitos (Mt 11.25; 2 Co 3.13-15; 4. 3), e, porque não pode ser entendido sem a iluminação do Espírito Santo. Este segredo significa Seu amor e favor, e ninguém sabe a não ser aquele que a desfruta (Jó 29.4; Pv 3.32). Mas, todos aqueles que se esforçarem para serví-Lo, com um desejo íntegro, serão levados pelo Espírito Santo, ao conhecimento de Sua vontade, conselhos e determinações.


2.2. As ações do Servo suscitaram questionamentos


Durante todo o Seu ministério, Jesus manifestou poder e autoridade inerentes sobre a matéria e as forças da natureza, sobre homens e demônios, sobre vida e morte. Desde o início Jesus era uma figura que causava não só admiração, mas também incredulidade, embora ninguém sabia ao certo como definí-Lo. Marcos era firme em sua convicção de que a partir das muitas atividades e feitos de Jesus, as multidões buscavam expressar esse espanto e questionamentos. A primeira vez que Marcos levanta a questão sobre a identidade de Jesus não traz uma pergunta direta e sim indireta: Em Marcos 1.27, após ensinar na sinagoga de Cafarnaum e expulsar um espírito impuro, a audiência se pergunta: “O que é isso? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem?”; Em Marcos 4.41, quando Jesus acalma a tempestade, seus discípulos espantados se perguntam: “Quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?”; Em Marcos 6.1-6, as perguntas se multiplicam e começam as tentativas mais diversas para dar conta desse personagem. Afinal quem é ele? Nesse trecho, Jesus estava ensinando na sinagoga de Nazaré e os presentes ali questionam: “De onde lhe vem isto? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres (atos de poder) realizados por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?”; Assim, a primeira tentativa o liga à sua origem familiar e na linha do descrédito. Em Nazaré ele não pode realizar nenhum milagre por causa da incredulidade do povo.


2.3. Marcos revela que o Servo é o Filho de Deus


O Evangelho de Marcos nos diz quem é Jesus através de uma narrativa viva, orientada justamente pela interrogação “quem é este?”. Em Marcos 6.14-16 as possibilidades de respostas se alargam e a pessoa de Jesus recebe identificações com personagens da tradição profética. Uns dizem que é João Batista que ressuscitou dos mortos; outros dizem que ele é Elias; e ainda outros dizem que é um profeta como um dos antigos profetas. Herodes, após ouvir as opiniões, afirma: “Esse João, que eu mandei decapitar, ressuscitou”. Em Marcos 8.27-30, a última vez que a pergunta sobre a identidade de Jesus aparece no texto é feita pelo próprio Jesus e é dirigida aos discípulos: “Quem os homens dizem que eu sou?” A resposta é uma repetição quase idêntica à do texto de Herodes: João Batista, Elias ou um dos profetas. Em seguida, Jesus pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” A resposta agora vem de Pedro: “Tu és o Cristo”. Em outras palavras, Jesus era o Filho de Deus (Marcos 1.1; 3.11; 5.7; 14.61; 15.39).


3. JESUS CRISTO: O MISTÉRIO REVELADO


O mistério revelado aqui se refere ao plano de Deus oculto ou escondido noutros tempos e revelado aos apóstolos e profetas, por meio do Espírito Santo que, nós, os gentios, passamos a ser co-herdeiros e co-participantes da promessa, em Cristo Jesus, por meio do evangelho (Ef 3.1-13; 1 Co 2.1-2; Cl 1.26-27; Hb 1.1-3). Significa que Cristo estava presente no tempo do Antigo Testamento, mas, oculto em mistério. O assunto desse mistério fala, então, sobre Jesus, sobre nova dispensação, sobre os gentios e sobre nossa ação decisiva em Cristo, aqui e agora. Para simplificar, podemos dizer que: 1) Na antiga aliança para ser parte do povo de Deus, duas coisas eram necessárias: a) ser descendente de Abraão; b) ser circuncidado; 2) Na nova dispensação temos duas mudanças significativas, e essas mudanças proporcionam a todos nós um penetrar maior no significado desse mistério, pois agora para ser povo de Deus é necessário: a) Está em Cristo, em vez de “estar em Abraão”; b) Ser batizados, em vez de ser circuncidado (Ef 2.11-22).


3.1. João Batista testemunhou que Jesus era o Servo prometido


João Batista foi quem preparou o caminho para a revelação do mistério que estava oculto. A mensagem de João Batista era dura, mas necessária. Ele se posicionou de forma radical contra os religiosos e líderes da nação como sendo “raça de víboras”. Para João Batista, apenas ser descendente de Abraão não bastava; era necessário um recomeço, um arrependimento genuíno. Assim, muitos receberam dele no rio Jordão o batismo do arrependimento, ao confessarem seus pecados. Ele convocava um remanescente fiel dentre o povo judeu. Muitos chegaram a pensar que ele fosse o Messias (Lc 3.15), mas ele sempre dizia que viria alguém maior que ele. Explicava que ele batizava com água, entretanto, aquele que viria após ele, os batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mc 1.7-8). Significando que não haveria meio termo, o Messias traria salvação e juízo. Certo dia, antes de iniciar o seu ministério, Jesus chegou para ser batizado, mas João não queria batizá-lo pois alegava que Jesus era superior a ele, mas Jesus insistiu e então foi batizado. Neste momento, João Batista viu o Espírito Santo descer sobre Ele como uma pomba e ouviu uma voz proclamar que Jesus era o Filho de Deus. A partir de então, João passou a anunciar Jesus como o Messias prometido (Jo 1.29-32).


3.2. Satanás conhecia a identidade divina do Servo


Embora os contemporâneos de Jesus não soubesse definir bem quem Ele era. Na narrativa do evangelho, os personagens transcendentes, ou seja, os espíritos malignos sabiam quem ele era a partir do momento mesmo em que faz sua aparição. No incidente do deserto, embora Satanás, declara em forma de questionamento: “Se tu és o Filho de Deus” (Mt 4.3,6), bem sabemos que ele sabia por certo a identidade de Jesus, já que pela boca dos possessos e dos espíritos imundos, sob o seu comando, afirmava categoricamente que Jesus era o Filho de Deus. Em Marcos 1.24, por exemplo, o espírito maligno antes de ser expulso afirma: “eu sei quem tu és: o Santo de Deus!”; No verso 34, o texto diz: “ele curou e expulsou muitos demônios, e não lhes permita falar porque sabiam quem ele era”. Também em Marcos 3.11, os espíritos imundos caem aos pés de Jesus gritando: “Tu és o Filho de Deus”. A proibição aos espíritos imundos de declararem quem é Jesus está em função do propósito. A intenção da narrativa é levar o leitor de Marcos a fazer o caminho do reconhecimento de quem é Jesus. É no nível humano, terreno que a identidade de Jesus necessita ser esclarecida, conhecida e confessada e não no nível transcendente.


3.3. O Servo revelou os Seus sofrimentos


Após a confissão de Pedro, “Tu és o Cristo” (Mc 8.29), Jesus simplesmente começa a anunciar sua paixão, morte e ressurreição. Um escândalo para os discípulos. Jesus anuncia seu destino trágico três vezes (Mc 8.31; 9.31-32; 10.33-34) e em todas elas aparece o elemento da incompreensão. Era necessário superar a ideia nacionalista de um Messias glorioso, vitorioso, conforme a ideia humana. A glória e a vitória do Cristo se dá pelo caminho da cruz. Assim, para Marcos Jesus é o Servo, filho do Homem crucificado e Filho de Deus ressuscitado. É aquele que padece as dores e morte humanas porque é humano mesmo sendo Filho de Deus. Jesus vence a morte ao ressuscitar. A morte não pôde detê-lo. Por isso, é necessário caminhar com Jesus, como os discípulos fizeram, para que seja possível reconhecer nele o Servo, o enviado de Deus que não corresponde às nossas expectativas, mas nos leva a conhecer e aceitar o plano de Deus: ir ao encontro de Deus por seu Filho.


CONCLUSÃO


Muitas pessoas têm rejeitado ao Senhor, porque tenta “fabricar” um Deus segundo a sua própria imagem. Constroem imagens erradas de Deus e, com a menor tentação ou problema na vida, rejeitam-no. Jesus precisa ser entendido como Ele é de fato, e não conforme o que pensamos. Permite que a plenitude de Deus seja revelada por meio do conhecimento de Cristo Jesus e de Sua Palavra. Conhecer a Cristo é conhecer a Deus. Precisamos crescer no pleno conhecimento de Cristo Jesus. Caso contrário, viveremos, ensinaremos e refletiremos um evangelho que não é o verdadeiro.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS


Revista Betel Dominical: Adultos. Evangelho de Marcos - Editora Betel – Rio de Janeiro - 1º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 126. Lição 09 – O Servo revela o pai e o perfeito plano divino.


BÍBLIA DE ESTUDO MATTHEW HENRY. Português. Tradução Elen Canto, Eliane Mariano e outros. Editora Central Gospel Ltda. 1ª Edição. Rio de Janeiro – RJ. 2014.


BÍBLIA DE ESTUDO NVI - Português. Tradução de Nota: Chown, Gordon. Editora Vida.


PONTOS SALIENTES. Escola Bíblica Dominical – Juerp. 1992.


SITES:


https://domtotal.com/noticias/index.jsp?id=1147467


https://www.gospelprime.com.br/qual-misterio-estava-oculto/


https://estiloadoracao.com/quem-foi-joao-batista/


COMENTÁRIOS ADICIONAIS


Pr. Osmar Emídio de Sousa - Bacharel em Direito; Bacharel em Missiologia pela antiga Escola Superior de Missões de Brasília; bacharel em Teologia Pastoral, pela FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília).

 
 
 

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