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Lição 03 - A Oferta de Manjares

  • Foto do escritor: Escola Bíblica
    Escola Bíblica
  • 20 de jan. de 2018
  • 11 min de leitura

Texto Áureo

“Nenhuma oferta de manjares,

que oferecerdes ao Senhor,

se fará com fermento; porque

de nenhum fermento, nem de mel algum oferecereis oferta queimada ao Senhor.”

LV - 2:11


Verdade Aplicada


Cristo é o perfeito alimento que Deus enviou a este

mundo e só Ele pode satisfazer todas as necessidades do homem.


Textos de Referência


Levítico 2:1-3

1 E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha; nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela.

2 E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao Senhor.

3 E o que sobejar da oferta de manjares será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao Senhor.


INTRODUÇÃOA oferta de manjares era voluntária e fazia parte do ritual de adoração da nação israelita. Essa oferta tinha o propósito de conduzir o povo até a presença do Senhor e de abençoar o sacerdote. Professor na introdução faça algumas perguntas para estimular o interesse e atenção dos alunos para o tema em estudo, por exemplo:Por que a oferta de manjares aponta para a vida terrena perfeita de Jesus? Por que na oferta de manjares não havia derramamento de sangue?

1. Os ingredientes de uma oferta.

Na oferta de manjares não havia derramamento de sangue. Ela representa o ministério terreno de Jesus em toda a perfeição de atitudes e palavras que Ele proferiu durante o Seu ministério nesta terra. Quando lemos os evangelhos, aprendemos com Jesus, o homem perfeito. Vemos Seu relacionamento com os pecadores, Sua atenção para com os que lhe procuravam com um coração sincero e também as palavras duras para os que se aproximavam dEle com hipocrisia. Neste tópico deixe claro que: Oferta de manjares (LV 2). Demonstrava honra e respeito a Deus em adoração; O nosso comentarista nos explica que a vida e ministério de Jesus focavam exatamente este detalhe: Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra (Jo 4.34).

1.1. Flor de Farinha.


A flor de farinha era o trigo passado em peneira muito fina e nos dias do patriarca Abraão era utilizado para a fabricação de bolo (Gn 18.6). Essa farinha feita do trigo tem como característica ser bem fina, com os grãos apresentando a uniformidade, o que representa muito bem o ministério terreno de Jesus Cristo, em quem não encontramos acepção de pessoas nem injustiça no relacionamento com os homens. A flor de farinha (humanidade de Jesus)Santificados pela oblação do corpo de Cristo (Hb10.10). Oblações eram ofertas incruentas (sem sangue), inanimadas, oferecidas a Deus tais como: vinho, azeite, flor de farinha, etc.Se de um lado, Cristo ofereceu seu próprio sangue como holocausto em nosso favor, por outro, Ele foi aceito como oferta de cheito suave a Deus, "feita uma vez", de modo que, em Cristo, somos aceitos por Deus.(Lições CPAD Jovens e Adultos - 2001 - 3 Trimestre) A humanidade pura e perfeita de nosso Senhor Jesus é um tema que encanta e nos inspira a procurar imitá-Lo como Seus servos.(Rev. do profº)De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,(Fl 2:5).

1.2. Azeite.

O azeite na oferta de manjares é símbolo do Espírito Santo. A flor de farinha era amassada com azeite (Lv 2.5), simbolizando a concepção de Jesus no ventre de Maria (Lc 1.35). O Verbo se fez carne (Jo 1.14), através da ação do Espírito Santo no ventre de Maria! A concepção da humanidade de Jesus Cristo, pelo Espírito Santo no ventre de Maria, é um dos profundos mistérios que nos revela a Palavra de Deus (1Tm 3.16). Na preparação da oferta de manjares a flor de farinha, sem fermento era amassada e depois untada com azeite (Lv 2.4). Esse ato tipifica o momento que Jesus foi ungido com o Espírito Santo antes do início do Seu Ministério. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba (Mt 3.16). Quando iniciou o Seu ministério em Nazaré, num sábado, estando Ele na sinagoga, tomou o livro e disse que o Espírito do Senhor era sobre Ele para cumprir o ministério que lhe havia sido concedido (Lc 4.16-19). É importante notar o fato do Senhor Jesus ter sido ungido pelo Espírito Santo antes da Sua entrada no ministério público.(Rev. do profº) Nota:Além da excelente explicação do nosso comentarista é importante destacar que segundo o Pr.Abraão de Almeida o azeite também indicava que Jesus era humano (flor de farinha) e também divino (azeite).È importante enfatizar que Jesus foi humano, todavia nunca deixou de ser Divino. “[Do gr. hypostasis] Doutrina que, exposta no Concílio de Calcedônia em 451, realça a perfeita e harmoniosa união entre as naturezas humana e divina de Cristo. Acentua este ensinamento ser Jesus, de fato, verdadeiro homem e verdadeiro Deus” (Dicionário Teológico, p.352, CPAD).

1.3. Incenso.

O Senhor Deus revelou a Moisés como o incenso deveria ser feito, quais os elementos que fariam parte de sua composição e a quantidade exata desses elementos. O Senhor também disse a Moisés que ninguém poderia fazê-lo para seu próprio uso, mas somente para oferecer ao Senhor Deus (Êx 30.34-38), pois era algo santíssimo. O incenso nessa oferta demonstra que em todo o Seu ministério terreno Jesus nunca fez nada para Sua própria glória, mas sempre para a gloria de Deus (Jo 7.18). O azeite e o incenso eram dois ingredientes de suma importância na preparação da oferta e também com um grande ensinamento espiritual. O azeite simboliza o poder do ministério de Jesus e o incenso o objetivo desse ministério, nos ensinando tudo que Ele fez foi feito pelo poder do Espírito Santo e tudo foi feito para a glória de Deus. Este deve ser o fundamento dos que querem servir e agradar a Deus: oferecer a Deus todo o nosso ser, buscar nEle a capacitação necessária e ter como objetivo a glória de Deus.(Rev. do profº)

2. Trazendo a oferta aos sacerdotes.

Deus nos ensina na Sua palavra que devemos ofertar ao Senhor em gratidão pelas bênçãos que Ele nos concede por Sua infinita bondade, para a Sua casa. Os israelitas foram ensinados a levarem dos seus bens para o Senhor. Desse modo, os sacerdotes eram também abençoados. Pela Palavra de Deus vemos que, sempre que o povo assim procedia, a bênção do Senhor era abundante sobre o seu povo. Neemias foi cuidadoso quanto a este detalhe: A manutenção da Casa do Senhor. “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel, e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).Em virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da casa do Senhor no valor "um terço de um siclo" - quatro gramas de prata. As ofertas eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente avivados tudo fazem  com júbilo, porque desejam agradar a Deus em todas as coisas. Como estamos adorando a Deus ?(Lições CPAD Jovens e Adultos - 2011 - 4 Trimestre)

2.1. Entregue aos filhos de Arão.

O que era trazido como oferta de manjares ao Senhor era entregue nas mãos dos filhos de Arão (Lv 2.2). Este sacrifício nos ensina que devemos trazer nossas ofertas para serem entregues nas mãos daqueles que estão com essa responsabilidade na casa do Senhor. Como foi agradável ao Senhor que assim fosse com a nação de Israel, também é agradável a Deus que este mesmo princípio hoje seja um fundamento em Sua Igreja. Assim como Deus abençoou o Seu povo no passado, Ele também abençoa o Seu povo hoje. Professor há um outro extremo que não podemos deixar de mencionar... “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).E o apostolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo nos alertou: - porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos.(2Tm 3.2)Homens “avarentos” (v.2). As Escrituras afirmam que a avareza é idolatria (Cl 3.5). O pecado da avareza se manifesta no amor e culto ao dinheiro e ao materialismo (Ef 5.5; 1 Tm 6.10). Em Romanos 1.29, o pecado da avareza é arrolado juntamente com a prostituição e o homicídio.Eis porque a Bíblia adverte acerca dos falsos mestres que, movidos pela avareza, se utilizam de fábulas engenhosas para auferir lucros e enganar a Igreja de Deus (2 Pe 2.3; 1.16). Os falsos mestres e doutores são considerados malditos pela Palavra de Deus (2 Pe 2.14).(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2007 » 2º Trim)E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.( 2 Pedro 2:3)

2.2. Parte da oferta era queimada.

É importante observarmos este trecho da Palavra de Deus: “e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao Senhor.” (Lv 2.2). Tudo o que fazemos para Deus deve ser como essa oferta queimada sobre o altar. Nada pode impedir ou tirar o galardão pelo que fazemos para o Senhor. O serviço do salvo feito para o Senhor nesta vida está diante de Deus. As orações, os jejuns, a evangelização, a contribuição, tudo está sobre o altar e terá a sua perfeita recompensa, o galardão que está nas mãos do Senhor, para dar a cada um segundo as suas obras (Ap 22.12). Para todo aquele que tem a experiência do novo nascimento, servir a Deus é um deleite e não um peso; obedecer a doutrina da Palavra de Deus é um prazer e o faz com alegria porque na verdade está fazendo por agradecimento a quem fez tudo por nós. Para aqueles que não nasceram de novo, tudo se torna um fardo, tudo é motivo para murmuração. O que é queimado deixa de ser visto, por isso, nada deve ser feito para ser ovacionado pelos homens; nãodevemos esperar aplausos e elogios, pois Jesus condenou os que assim o fazem (Mt 6.1). O cristão tem que ter fé para saber o que é oferecido ao Senhor não nos torna mais pobre, muito pelo contrário só nos enriquece.(Revista do professor)

2.3. Parte da oferta era dos sacerdotes.

Não era tudo para os sacerdotes, mas somente o que lhes era permitido pelo Senhor (Lv 2.3). Assim como existe a responsabilidade do ofertante, também existe a do sacerdote em atentar para o que diz o ritual do sacrifício, pois a oferta não pode ser profanada. Aprendemos com isso que tudo deve ser feito conforme estabelecido pelo Senhor, para que seja sempre para a Sua glória. O texto de Levítico 2.3 diz: “E o que sobejar (...)”, porque tudo é oferecido primeiramente para o Senhor. No entanto, aqueles que O servem também são abençoados. Assim, aprendemos que o sacerdote come do que é oferecido no altar (1Co 9.13). A oferta de manjares ou cereais acompanhava todas as ofertas queimadas (que estudamos na aula passada) e era um presente de agradecimento a Deus. Ela lembrava as pessoas que os alimentos vinham de Deus e que, portanto, elas deviam suas vidas a Ele. Em Levítico 2:1-6, três tipos de ofertas de cereais são listados: (1) farinha refinada com azeite e incenso (2) bolos ou bolachas de farinha de óleo (3) amêndoas torradas de grãos (de milho) com azeite e incenso. Parte da oferta de cereais era queimada no altar como um presente a Deus, e o resto era comido pelos sacerdotes. As ofertas ajudavam a sustentá-los em seu trabalho. (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.205)

3. Preparando a oferta.

A oferta devia ser preparada em casa e levada aos sacerdotes, ensinando-nos que o culto começa em casa, junto com a nossa família, mas Deus tem um lugar escolhido por Ele onde devemos levar as nossas ofertas. No Antigo Testamento era no tabernáculo; mais tarde, no templo de salomão.  Hoje a Igreja tem o seus locais de culto e o cristão tem o dever e a obrigação de estar presente para adorar ao Senhor.

3.1. Uma oferta sem fermento.

O fermento, juntamente com o mel, não era permitido na oferta de manjares (Lv 2.11). Não deveria haver nada que azedasse, nada que fizesse a massa levedar. Essa oferta simbolizava o homem perfeito, Jesus Cristo, em Seu ministério terreno. Em Cristo não há sabor de azedume. Em Seus ensinos, nos milagres por Ele realizados, no convívio com os pecadores, nada nEle demonstra algo susceptível de fazer inchar. A Sua Palavra podia, por vezes, ser enérgica e penetrante, mas nunca era áspera, o Seu caráter e o Seu comportamento mostraram sempre a realidade de quem andava na presença de Deus. Por que o fermento não era permitido nas ofertas de manjares (ou cereais)? O fermento é um fungo bacteriano e é, portanto, um símbolo apropriado para o pecado. Ele se desenvolve na massa do pão assim como o pecado se desenvolve na vida de uma pessoa. Um pouco de fermento afetará o pão inteiro, assim como um pequeno pecado pode arruinar uma vida inteira. Jesus ampliou esta analogia ao advertir sobre o "fermento dos fariseus e saduceus" (Mt 16:6; Mc 8:15). Como você visualiza os efeitos do pecado em sua vida? O que você faz para eliminar o pecado de suas atitudes e ações? (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.206)

3.2. A oferta cozida no forno ou na caçoula.

A oferta podia ser cozida de três maneiras: no forno, na caçoula e na sertã. Esses três modos de cozer sugerem os tipos de sofrimento que Jesus enfrentou durante o Seu ministério, como também as experiências que o salvo enfrenta durante a sua vida. Essa é uma oferta que agrada a Deus e é chamada “cheiro suave”, porque eu ministério terreno e suportou todo tipo de sofrimento, enfrentando oposição, perseguição e incompreensão por sempre fazer a vontade do Pai.O forno(Lv2.4) Indica os sofrimentos invisíveis de cristo que em tudo foi tentado. (Hb2.18)A caçoula (Lv 2.5)Esta simboliza seus sofrimentos visíveis,algumas vezes por ele mesmo declarado(Mt 17.17).[...] (Lições CPAD Jovens e Adultos » 1988 »  trim). 3.3. A oferta com sal.

O sal era obrigatório na oferta de manjares (Lv 2.13). O sal tem muitos símbolos na Bíblia. Era considerado uma preciosidade entre as nações da região do Oriente da Antiguidade. Proporcionava sabor às oferendas, que em parte seriam dadas aos sacerdotes; preserva da corrupção; símbolo da perpetuidade (“aliança de sal” – Nm 18.19; 1Cr 13.5).

As ofertas eram temperadas com sal como um lembrete da aliança (o pacto) do povo com Deus. O Sal é um bom símbolo da ação de Deus na vida de uma pessoa porque penetra, conserva e ajuda na cicatrização. Deus quer agir em sua vida. Deixe-o tornar-se parte de você, penetrando todos os aspectos de sua vida, preservando-o do mal que está por toda parte, e curando-o de seus pecados e falhas.Em Mt 5:13 os crentes são chamados de "sal da terra". Que o sal que você usa todos os dias o lembre de que agora você é parte do povo que tem uma aliança com Deus, que ajuda ativamente a preservar e a purificar o mundo.(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.206) O sal no princípio era o único condimento; sendo obtido dos enormes suprimentos de sal nas colinas junto ao Mar Morto. Era usado para dar sabor e preservar alimentos (Jó 6:6). Nos dias do Novo Testamento havia uma indústria próspera em Magdala, onde os peixes era salgados e exportados. Só na época dos gregos e romanos outros temperos (especiarias) se tornaram conhecidos e isso se desenvolveu com o crescimento do comércio. Acredita-se que o sal possuía propriedades curativas (2 Rs 2:19-22), sendo também usado nas ofertas sacrificiais (Lv 2:13). Talvez seja essa a origem do costume de usá-lo numa refeição realizada para comemorar a assinatura de um acordo (Nm 18:19). (Novo Manual - Uso & Costumes dos Tempos Bíblicos - Rauph Gower - CPAD - p.50-51)

CONCLUSÃO

Que ofereçamos, constantemente, o nosso melhor a Deus, sempre com um coração grato e acompanhado de louvor e oração, como resultado de uma vida purificada pelo sangue de Jesus Cristo, pela Palavra de Deus e ação do Espírito Santo.



Bibliografia[1]

Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD Bíblia do Culto - Editora Betel Revista EBD Betel Dominical Professor - 1 trimestre 2018, ano 28, número 106 - Editora BetelPAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical



 
 
 

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